Fora Temer
Centrais
fazem caminhada na Avenida Paulista contra reformas de Temer
- 22/09/2016 18h46
- São Paulo
Elaine
Patricia Cruz - Repórter da Agência Brasil
Em um ato unificado pelo Dia
Nacional de Paralisação e Mobilização das Categorias, as centrais sindicais
começaram no fim da tarde de hoje (22) uma caminhada pela Avenida Paulista, com
destino à Praça da República, no centro de São Paulo. A caminhada saiu do
vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Os organizadores estimam a
presença de 30 mil pessoas. A Polícia Militar ainda divulgou expectativa de
público.
A mobilização nacional foi
organizada por diversas centrais sindicais (CUT, CTB, CSB, CGTB, NCST e
CSP-Conlutas e Intersindical) em protesto contra possíveis mudanças na
Previdência, como o aumento da idade mínima para aposentadoria; contra o ajuste
fiscal e contra a regulamentação da terceirização para atividade-fim. O ato
também é uma antecipação a uma convocação de greve geral no país.
Manifestação das centrais
sindicais CUT, Força, UGT, CTB, CSB, CGTB, NCST e CSP-Conlutas e Intersindical,
contra a retirada de direitos trabalhistas na Avenida PaulistaRovena
Rosa/Agência Brasil
Na capital paulista, a
manifestação de hoje reuniu bancários, professores, metalúrgicos, profissionais
da saúde, entre outros. Segundo o secretário-geral da Intersindical, Edson
Carneiro Índio, a mobilização desta quinta-feira “foi uma demonstração de que a
mobilização está crescendo e que cresce também a resistência” no país.
“O dia de hoje mostrou que é
possível que a classe trabalhadora brasileira derrote o governo e a PEC
[Proposta de Emenda à Constituição] 241, que compromete os investimentos na
educação e na saúde pública”, disse.
O presidente da Confederação
Sindical Internacional (CSI),João Felício, que também participou do ato, disse
que a mobilização de hoje é uma preparação para a greve geral no país, ainda
sem data definida. “A greve geral será uma demonstração de força.” Felício
reclamou das reformas da Previdência e trabalhista previstas pelo governo de
Michel Temer. “Imaginem negociar férias, fundo de garantia e décimo terceiro
salário. Isso para nós é lei e lei não se negocia. O que se negocia é salário.”
Edição: Luana
Lourenço
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