Governo Brasileiro enviará resgate á Moçambique
Governo brasileiro enviará equipes de resgate e ajuda a Moçambique
Da Redação
28/03/2019
© Siphiwe Sibeko Moçambicanos
correm depois de receber ajuda alimentar de um helicóptero da Força de Defesa
Nacional da África do Sul na vila de Nhamatanda: riscos de doenças, como a
malária e a cólera, e de violência – 26/03/2019
O governo
brasileiro decidiu enviar para Moçambique dois aviões de transporte Hércules
C-130, da Força Aérea Brasileira (FAB), com ajuda humanitária e equipes de
resgate. Anunciada nesta quarta-feira, 27, pelo Itamaraty, a ajuda se dá 13 dias
depois da trágica passagem do ciclone Idai pelo país, que destruiu a cidade
portuária de Beira e provocou inundações.
O Fundo das
Nações Unidas para a Infância (Unicef) estimativa haver 1,85 milhão de
pessoas desabrigadas nesse país, entre as quais 1 milhão de crianças.
A primeira etapa
da assistência humanitária brasileira a Moçambique será
embarcada na sexta-feira, 29. Envolve equipes de resgate e salvamento da Força
Nacional do Ministério da Justiça. Nesse time estão 20 especialistas em busca e
salvamento. Também serão embarcados botes e outros equipamentos adaptados ao
tipo de desastre ocorrido no país. Também seguirá para Moçambique uma equipe do
Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais, com equipamentos e
veículos.
O Ministério da
Saúde doou kits de medicamentos e insumos básicos de saúde suficientes para
prover assistência emergencial para 9.000 pessoas, por até um mês. Na
segunda-feira 25, o governo confirmou a doação de 100 mil euros, o
equivalente a cerca de 436.000 reais para ajudar nos trabalhos
de Moçambique de resgate e reconstrução emergenciais. A doação será
feita por meio de fundo solidário a ser criado no âmbito da Comunidade
dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e será somada ao apoio anterior
oferecido pelo governo brasileiro.
A ajuda financeira
do Brasil, porém, está bastante aquém das necessidades de Moçambique. O Unicef
pediu 122 milhões de dólares para auxiliar as crianças afetadas pelo desastre.
A instituição estima haver mais de 1,5 milhão de menores necessitados de ajuda
humanitária urgente não só nesse país, mas também no Zimbábue e Malawi.
Todos foram afetados pelo ciclone Idai.
“A escala da
devastação causada pelo ciclone Idai está ficando mais clara a cada dia”,
afirmou a diretora-executiva do Unicef, Henrietta Fore, em comunicado.
Fore alertou que
milhões de vidas de crianças estão em jogo e que é preciso enviar de forma
rápida uma resposta humanitária efetiva aos três países africanos destruídos
pela passagem do Idai. A agência ressaltou a importância de atuar o mais rápido
possível na região, já que há pouco tempo para prevenir os atuais surtos de
doenças como amalária e
a cólera, que atingem
especialmente as crianças.
Além disso, o
Unicef disse estar preocupado com o risco de violência e de abuso contra
mulheres e crianças nos refúgios temporários montados para receber os
desabrigados, assim como com a situação das crianças que perderam suas famílias
no ciclone.
No Malawi, mais de
869 mil pessoas foram afetadas pelo desastre, das quais 443 mil crianças.
Já no Zimbábue, segundo dados do Unicef, 270 mil pessoas foram atingidas
de alguma forma pela passagem do ciclone Idai. Metade delas é criança.
Outras agências da
ONU estão trabalhando na ajuda, entre elas a Agência para os Refugiados
(Acnur), que levou nesta quarta-feira a Maputo o primeiro de três aviões com
equipamentos de emergência – colchonetes, tendas e iluminação. Eles serão
distribuídos entre 30 mil pessoas nos três países. A Organização Mundial da
Saúde (OMS) está trabalhando para tratar doenças como diarreia e cólera. Além
disso, uma equipe de especialistas irá a Moçambique para ajudar a prevenir
surtos.
(Com Agência Brasil e EFE)
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